O “terrível” poder dos weblogs

Em jeito irónico, escreve Paul Carr no Guardian, sobre o espanto de quem, mesmo no mundo da comunicação, ainda se vai admirando com a expansão dos weblogs. O exemplo que usa é o de uma das estações de TV norte-americanas pertencentes ao consórcio Fox, detido por Rupert Murdoch. Aqui vai um excerto:
“I wonder what burgeoning technological trend Rupert Murdoch’s news machine will uncover next? Mobile tar-tar-telephony? The rah-rah-radio? Far-far-fire? The devil may have the best tunes but it’ll be a long time before he works out how to upload them to his aye-aye-iPod“.

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A BBC apresentou ontem o seu manifesto para o futuro (“Building Public Value”), texto que pretende ser um contributo para o debate em torno da renovação da sua carta fundadora (comparativamente, algo próximo do contrato de serviço público que por cá temos). O novo responsável máximo pela corporação, Michael Grade, apresentou um plano com nove pontos, onde se incluem, por exemplo, a necessidade de cada canal ter um contrato de serviço próprio, com orçamento e gestão autónomas, um compromisso para eliminar programas “cínicos” em favor de mais informação, mais comédia e mais drama, ou a ideia de que a taxa de televisão – a manter – deverá ser fixada por uma entidade autónoma do governo.
Detalhes sobre a proposta e todo o processo de discussão aqui.

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Debie Weil propõe uma súmula de 20 das mais usadas definições para o acto de ‘weblogar’. Não custa nada dar uma vista de olhos.

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Recursos para quem estuda blogs

Obrigatória a passagem neste Into the Blogosphere para quem tem interesse pela análise do novo formato e da sua interacção com as mais variadas áreas do conhecimento.
Mais uma sugestão recolhida aqui.

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blog que obedece a comandos

Talvez nem seja tecnicamente muito complicado, mas achei a ideia deste Terminal Island muito original. Um blog meio tímido, que não se apresenta todo de uma vez só. Vai mostrando, à medida que vamos pedindo.
Indicação aqui.

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diálogo de imagens

Ponto de partida – um diálogo visual permanente.
Resultado Рum fotolog muito interessante, com direito a navega̤̣o ṭo pormenorizada quanto desejamos. Chama-se Communimage.
Vi a sugestão aqui.

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Terminada a sorrateira retirada política dos norte-americanos do Iraque, os locais dão sinais de ambição acrescida. E ainda bem.
Querem para si o domínio net “iq” que lhes terá sido tomado por palestinianos e que está agora em poder de uma empresa do Texas.
O passo é mínimo – só 6 por cento dos iraquianos têm acesso à net – mas é no sentido certo.

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A facilidade com que qualquer um de nós (em Portugal, no Sapo ou no Cotonete, por exemplo) consegue criar uma web-rádio seria já prenuncio suficiente de que a Rádio – como se ouve, como se faz – não escapa à espiral de transformações em curso. Os dados agora apresentados pela Wired mais não fazem, portanto, do que confirmar o inevitável – essa mudança. Curiosamente, no entanto, as conclusões podem ser surpreendentes – ao que tudo indica, ouve-se cada vez mais rádio, embora os tradicionais aparelhos de recepção sejam agora substituídos pelo computador. Assim sendo, voltamos a fazer algo que tinha desaparecido dos nossos hábitos há algum tempo – ouvir rádio enquanto trabalhamos.
Oportunidades, senhores da rádio nacional! Novos mercados! Mexam-se!

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info-exclusão pode não ter remédio

Será curioso contrapor a aposta verbal do actual governo português na sociedade da informação (e os seus exuberantes fogos de artifício) a estes dados sobre a realidade norte-americana. Sendo já certa a penetração da net nos hábitos de grande parte dos cidadãos daquele país, a verdade é que, segundo um estudo da Mediamark Research Inc., 20,4 por cento da população adulta não está ‘ligada’ e outros 16,5 por cento não o fazem por opção (são os chamados ‘resistentes’).
Se, mesmo lá, quase 40 por cento ficam de fora…

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Em curso a semana do ‘videoblogging’

Decorre, até ao dia 27 deste mês, a semana do videoblogging. Não é seminário, nem colóquio, nem salão de exposições, mas antes um espaço de discussão aberta sobre o assunto e de apresentação de alguns trabalhos.
Encontrei a sugestão aqui.

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Quem gostou do Newsmap também deverá apreciar esta duas novas propostas: Google News Graph (um mapa de visualização em Flash com base no Google News) e Yahoo Tracker (as fotos mais populares do instante, produzidas pela AP, Reuters e AFP).
Vi isto aqui.

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A pergunta que Katja Riefler replica, no Poynter não é nenhuma novidade, claro.
Mas importará, ainda assim, mais do que repetir à exaustão chavões pensar no que a sua enunciação implica; exemplo: “Interagir com um website não é ler…é fazer”.
A mudança no que ‘fazemos’ é já profunda e afecta, naturalmente, muito do que continuamos a ler e a forma como essas leituras se preparam.
Um exemplo interessante (para quem puder decarregar 2,4 Mb) aqui.

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O assunto não é novidade – a atribuição de credenciais de imprensa a bloggers, nos Estados Unidos. Mas é, ainda assim, significativo para o formato que mais de 50 pessoas se tenham candidatado a uma dessas credenciais para a cobertura da convenção do partido democrático (30 de Agosto a 2 de Setembro).

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Arquivar a web

A British Library pôs em marcha um projecto de dois anos para armazenar a memória de cerca de seis mil sites britânicos. Objectivo: preservar algo de único, no entender dos responsáveis pela iniciativa.
Por cá – se exceptuarmos algumas vozes ainda muito solitárias – o assunto merece ainda pouca consideração. E, à semelhança do que acontece em tantas outras áreas, poderemos um dia vir a lamentar a perda de algo que nem sequer soubemos valorizar (para usar uma imagem tão cara a Boaventura de Sousa Santos).

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