O Atrium tem falta de conversa nos últimos dias.
Obrigações. Todas boas.
De volta em breve.
Archive for Dezembro, 2004
pausa
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '27/12/04 2:34 AM'| 1 Comment »
no teu blog ou no meu?
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '20/12/04 7:45 PM'|
Num longo artigo ontem publicado no NYTimes, Jeffrey Rosen, professor de Direito na George Washington University, fala-nos, genericamente, sobre a crescente (porque crescente é a blogosfera) tendência para que os blogs se tornem espaços de revelação não autorizada de experiências e relacionamentos pessoais.
O crescimento sem regras das oportunidades de publicação pessoal tem, de facto, o potencial para baralhar (ou redefinir) as fronteiras entre o privado e o público.
Rosen adianta um exemplo que se passa consigo próprio:
“Not all blog gossip is about sex, of course — or only about sex. As blogs expand, people will need to develop new social conventions to resurrect the boundaries between public and private interactions. Consider law professors, in whose privacy I take a special interest. There is a growing category of blogs, known as blawgs, in which law students across the country record their musings about their daily experiences in law schools. (The legally inclined Web ring now has about 450 members.) Professors have always had to assume the risk that performance in class will be publicly evaluated: a Web site called RateMyProfessors.com posts anonymous rankings of teachers across the country“.
A agravante, no caso dos blogs, é a óbvia ausência de escrutínio a montante da produção de conteúdos:
“There are two obvious differences between bloggers and the traditional press: unlike bloggers, professional journalists have a) editors and b) the need to maintain a professional reputation so that sources will continue to talk to them. I’ve been a journalist for more than a decade, and on two occasions I asked acquaintances whether I could print information that they had told me in social situations. Both times, they made clear that if I published they would never speak to me again. Without a reputation for trustworthiness, neither friendship nor journalism can be sustained over time“.
O texto completo está aqui.
blogs – debates como cogumelos
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '20/12/04 7:30 PM'|
Michael Kinsley, cronista do LATimes (acesso mediante inscrição prévia), escreveu ontem um texto muito curioso sobre a sua mais recente experiência de interacção com a blogosfera.
Sendo ele adepto de uma particular visão sobre o (obscuro?) tema da reforma da Segurança Social, achou por bem enviar algumas das suas ideias, em simultâneo, a académicos e economistas de prestígio e a alguns bloggers conhecidos.
Como diz a dado passo do seu texto:
“A few days later, most of the big shots haven’t replied. But overnight, I had dozens of responses from the blogosphere. They’re still pouring in. And that’s just direct e-mail to me. Within hours, there were discussions going on in a dozen blogs, all hyperlinking to one another like rabbits“.
Está na natureza dos blogs esta tendência para discutir assuntos, para debater ideias, para arriscar a exposição franca. E está na natureza dos blogs, sobretudo, a noção da ‘voz humana que tem voz’, independentemente da sua formação, posição social, idade ou sexo.
“What floored me was not just the volume and speed of the feedback, but its seriousness and sophistication. Sure, there were some simpletons and some name-calling nasties echoing rote-learned propaganda. But we get those in letters to The Times editorial page. What we don’t get, nearly as much, is smart and sincere intellectual engagement — mostly from people who are not intellectuals by profession — with obscure and tedious, but important, issues“.
O resto aqui.
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '17/12/04 11:17 PM'| 1 Comment »
Confesso que a participação cívica na vida comum por via do jornalismo é um dos meus interesses.
Por isso mesmo, passo a recomendar a visita ocasional a este Designing for Civil Society, de David Wilcox.
Num dos seus posts recentes, escreve Wilcox que, durante anos, as pessoas envolvidas na tarefa de agregar vontades cívicas (grupo em que ele próprio se inclui) talvez se tenham enganado na forma de ler as prioridades dos cidadãos:
“it may just be that participation is peripheral to the way most people lead their lives. They/we are mostly concerned with relationships – with friends, family, workmates, interest groups and so on. Public officials, politicans and their facilitator helpers are at the edge of vision, unless there is a big threat or opportunity….. new airport planned, neighbourhood renewal proposed, school threatened with closure. Then we get interested. But when we get the pamphlets, go to the meetings, do we find things explained in the same ways we might talk to our friends, family or team-mates? No – probably lots of jargon which puts the agency and the facilitator at the centre, not the participant“.
Encontrei a sugestão aqui.
e se o sigilo profissional se alargar aos bloggers?
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '17/12/04 10:56 PM'| 2 Comments »
Na sequência do caso Manso Preto (que já aqui referimos), Joaquim Fidalgo escreveu:
“Tratar o sigilo profissional dos jornalistas como um privilégio que lhes permite, com impunidade, pôr na boca de “fontes não identificadas” tudo o que lhes apeteça, é ver muito pouco. Pode haver abusos, claro. Mas, na sua essência, o sigilo profissional não é um privilégio; é um dever, um pesado dever, que pode mesmo levar um jornalista a ser condenado em tribunal e a ir parar à prisão. É, afinal, o preço a pagar para que as pessoas saibam que podem continuar a denunciar um abuso, a expor uma malfeitoria, a indicar um caso de corrupção, com a certeza de que o jornalista junto de quem o façam preservará a sua confidencialidade. Custe o que custar“.
Pois nos Estados Unidos começa agora a equacionar-se a possibilidade (e os problemas) de um alargamento dos direitos e obrigações dos jornalistas aos bloggers.
A dar-se essa transposição imediata, utilizadores sem qualquer formação específica teriam a possibilidade de publicar uma queixa anónima, uma acusação grave e, acto contínuo, invocar o sigilo profissional para excusa de responsabilização.
Sendo esta visão imediatamente problemática, não o será também a ideia de que alguns direitos são só para alguns?
A questão – sobre a qual, confesso, não tenho uma opinião formada e consistente – parece merecedora de reflexão.
Uma nota de lançamento pode encontrar-se neste Furd Log.
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '16/12/04 12:24 AM'|
Já aqui falei no assunto mas creio ser importante retomá-lo.
O universo de liberdade e franqueza dos blogs pode estar a ser invadido pelos primeiros sinais de regulação. O problemático é que essa regulação pode muito bem estar a ser ‘imposta’ por interesses comerciais. E isso é tanto mais grave quanto se pense que acontece num espaço naturalmente desregrado.
A Microsoft, com o seu MSN Spaces deu o primeiro passo visível mas a ideia parece ter pegado e – como nos alerta François Nonnenmacher – é agora a vez de a cadeia M6 disponibilizar também blogs com condições.
Encontrei a sugestão aqui.
cinco milhões…and growing…
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '15/12/04 11:20 PM'|
O numero de weblogs seguidos pela Technorati ultrapassou os cinco milhões.
O milhão QUATRO foi atingido em Outubro e o milhão TRÊS havia sido alcançado em Julho.
O avanço da expansão é, como se percebe, cada vez mais rápido, despertando, naturalmente, acrescido interesse em ferramentas que nos ajudem a sistematizar muito do que se produz – por exemplo, este Favelet da Technorati.
Liberation – destaque aos blogs
Posted in Sem categoria, tagged Weblogs on '12/12/04 8:22 PM'|
O diário ‘Liberation’ decidiu hoje dedicar honras de primeira página aos weblogs.
Em editorial, Jean-Michel Thenard escreve o seguinte:
“Ainsi va le blog, grand perturbateur de ceux qui avaient autrefois autorité pour raconter la marche de la planète et lui donner son sens“.
E sobre o papel central dos blogs que lidam com informação acrescenta:
“Le journalisme, lui, avait déjà accouché d’un «nouveau journalisme» dans les années 70, qui revendiquait sa part de subjectivité. A la subjectivité s’ajoute aujourd’hui l’interactivité. Cruelle parfois quand elle corrige les idoles et fait tomber Dan Rather, journaliste symbole aux Etats-Unis, pris en flagrant délit de fausse information par les blogueurs. Dangereuse quand elle véhicule elle-même des faits non vérifiés. Mais utile le plus souvent quand elle précise et rectifie. Ou mieux encore contourne la censure que souhaitent imposer les puissants, quels qu’ils soient“.
Vale a pena perder alguns minutos a ler os vários textos.
Encontrei a sugestão aqui.
Fez-se uma pequena mudança neste Atrium.
As ligações foram organizadas alfabeticamente e separadas consoante a língua que ‘falam’.
Espero facilitar a circulação a todos.
será que…
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '11/12/04 12:04 AM'| 2 Comments »
Retiro, com a devida vénia, este excerto do Público – Última Hora (ontem):
“O jornalista Manso Preto foi hoje condenado a 11 meses de prisão, com pena suspensa durante três anos, por não ter revelado as suas fontes em tribunal enquanto testemunha num processo de tráfico de droga“.
Não conheço o caso.
Não conheço o Manso Preto.
Tenho, porém, algumas dúvidas:
– Será que um tribunal português era capaz de condenar a 11 meses de prisão um médico porque este se recusou a revelar uma conversa mantida com um paciente?
– Será que um tribunal português era capaz de condenar a 11 meses de prisão um advogado porque este se recusou a revelar uma conversa mantida com um seu cliente?
jornalismo intencional
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '9/12/04 7:25 PM'|
Na sequência de muito do que escreve Jay Rosen e do provocador manifesto apresentado por Mark Glaser, Tim Porter apresenta-nos agora uma muito pertiente reflexão sobre os mecanismos que impedem o jornalismo de avançar para territórios mais atentos e mais flexíveis.
Escreve Porter que são duas as âncoras crónicas do jornalismo:
1 – A inércia (os jornalistas não são profissionais da mudança e precisam de aprender).
2 – Ligação a considerações sobre recursos (quase sempre se pensa que qualquer mudança implica MAIS – mais recursos materiais e mais gente).
Deixa-nos ainda uma lista de coisas que qualquer organização pode fazer para dar ao seu jornalismo um carácter mais intencional:
1 – Desenvolver objectivos anuais para a redacção;
2 – Desenvolver objectivos anuais para cada jornalista;
3 – Atribuír parte do orçamento a custos com formação;
4 – Avaliar em permanência, com honestidade;
5 – Questionar o pré-estabelecido – “porque fazemos isto assim?”.
6 mitos da criatividade
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '9/12/04 6:52 PM'| 4 Comments »
A receita apresentada neste texto aplica-se a empresas, na generalidade. Mas, depois de ler a prosa, fico a pensar se os SEIS mitos da criatividade de que nos fala Bill Breen não poderiam muito bem aplicar-se ao universo das empresas de comunicação social em Portugal.
Vejamos:
1 – A criatividade é domínio exclusivo dos ‘criativos’;
2 – O dinheiro impulsiona a criatividade;
3 – A pressão dos prazos aguça a criatividade;
4 – O medo força avanços;
5 – A competição é sempre melhor do que a colaboração;
6 – Uma organização ‘emagrecida’ é uma organização mais criativa.
Encontrei a ligação aqui.
Pretencioso? o blogger?
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '9/12/04 6:39 PM'|
Será que há, em cada um de nós, bloggers mais ou menos empenhados, mais ou menos convictos, um pretencioso (ou pretenciosa)?
A pergunta é pertinente e as respostas que se adiantam neste Franchement parecem ser suficientemente honestas para que com elas nos identifiquemos.
Encontrei a sugestão aqui.
O papel dos blogs no jornalismo actual
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '8/12/04 3:34 PM'| 3 Comments »
O Cybercentro de Guimarães acolheu, ontem à noite, um debate sobre o papel dos blogs no jornalismo actual.
A conversa – em que participaram, como convidados, Elisabete Barbosa (Jornalismo Digital), João Paulo Meneses (Blogouve-se), Manuel Pinto (Jornalismo e Comunicação) e Fernando Zamith (JornalismoPortoNet) – foi bastante animada, tocando em temas que me parecem pertinentes: os direitos de autor, a abertura a uma cidadania mais participada, os mecanismos de auto-regulação e a relação individual com o formato.
Neste particular, fixei uma das ideias deixadas por João Paulo Meneses: os blogs ganham existência autónoma e, a dado momento, quem neles escreve chega a sentir-se apenas ‘hospedeiro’.
Fotos dos participantes aqui.