Confesso que a participação cívica na vida comum por via do jornalismo é um dos meus interesses.
Por isso mesmo, passo a recomendar a visita ocasional a este Designing for Civil Society, de David Wilcox.
Num dos seus posts recentes, escreve Wilcox que, durante anos, as pessoas envolvidas na tarefa de agregar vontades cívicas (grupo em que ele próprio se inclui) talvez se tenham enganado na forma de ler as prioridades dos cidadãos:
“it may just be that participation is peripheral to the way most people lead their lives. They/we are mostly concerned with relationships – with friends, family, workmates, interest groups and so on. Public officials, politicans and their facilitator helpers are at the edge of vision, unless there is a big threat or opportunity….. new airport planned, neighbourhood renewal proposed, school threatened with closure. Then we get interested. But when we get the pamphlets, go to the meetings, do we find things explained in the same ways we might talk to our friends, family or team-mates? No – probably lots of jargon which puts the agency and the facilitator at the centre, not the participant“.
Encontrei a sugestão aqui.
Archive for 17 de Dezembro, 2004
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '17/12/04 11:17 PM'| 1 Comment »
e se o sigilo profissional se alargar aos bloggers?
Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo Online on '17/12/04 10:56 PM'| 2 Comments »
Na sequência do caso Manso Preto (que já aqui referimos), Joaquim Fidalgo escreveu:
“Tratar o sigilo profissional dos jornalistas como um privilégio que lhes permite, com impunidade, pôr na boca de “fontes não identificadas” tudo o que lhes apeteça, é ver muito pouco. Pode haver abusos, claro. Mas, na sua essência, o sigilo profissional não é um privilégio; é um dever, um pesado dever, que pode mesmo levar um jornalista a ser condenado em tribunal e a ir parar à prisão. É, afinal, o preço a pagar para que as pessoas saibam que podem continuar a denunciar um abuso, a expor uma malfeitoria, a indicar um caso de corrupção, com a certeza de que o jornalista junto de quem o façam preservará a sua confidencialidade. Custe o que custar“.
Pois nos Estados Unidos começa agora a equacionar-se a possibilidade (e os problemas) de um alargamento dos direitos e obrigações dos jornalistas aos bloggers.
A dar-se essa transposição imediata, utilizadores sem qualquer formação específica teriam a possibilidade de publicar uma queixa anónima, uma acusação grave e, acto contínuo, invocar o sigilo profissional para excusa de responsabilização.
Sendo esta visão imediatamente problemática, não o será também a ideia de que alguns direitos são só para alguns?
A questão – sobre a qual, confesso, não tenho uma opinião formada e consistente – parece merecedora de reflexão.
Uma nota de lançamento pode encontrar-se neste Furd Log.