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Archive for Novembro, 2005

blogs no feminino

Numa página inteira, o DN fala-nos hoje desse pedaço original da blogosfera, os blogs escritos por mulheres, sendo que alguns dos entrevistados e entrevistadas dão o melhor do seu esforço para tipificar a coisa: ou porque as mulheres investem tempo, pesquisam e reivindicam espaço, ou porque as mulheres escrevem em ziguezague, ou porque “escarrapacham o que lhes dá na veneta” ou ainda porque – ao contrário dos homens – as mulheres não se levam demasiado a sério na escrita e não se preocupam com o que as outras mulheres sobre elas possam pensar.
sem título
Sendo que todos nós – os que escarrapacham mais e os que escarrapacham menos – terão direito aos seus momentos de declarações absurdas, escuso-me a qualificar estas.
O que me fez escrever este post foi, porém, o facto de que no mesmo texto aparecem citações desfazendo a bacoca divisão.
E o leitor – eu – fica sem saber muito bem qual foi o objectivo geral da prosa, sobretudo porque é ilustrada com uma gravura de Marilin e com screenshots de três blogs escritos por mulheres. Ou a mensagem visual é exagerada ou o texto não fez o que se propunha – falar da originalidade de um tipo de blogs.

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Uma das novas ideias de programação da equipa liderada por Rui Pêgo, na Antena 1, é um segmento chamado “Os Reis da Rádio“.
A intenção será – percorrendo várias ‘dinastias’ – apresentar relatos vivos da rádio de outros tempos, ajudando-nos nesse esforço sempre necessário de lembrar, sem o qual custa bem mais pensar futuros.
Hoje ouvi o José Nuno Martins, que nos brindou com o som da sua voz há mais de 40 anos; pedia a jovens de todos os liceus, masculinos e femininos, que o contactassem para assim melhorar o conteúdo do programa.
A rádio é, sobretudo, isto: palavra e emoção.

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A proposta é simples: uma rede de jornalistas bloggers argentinos; um espaço de intercâmbio de ideias e, assumidamente, de promoção do uso dos weblogs entre os jornalistas daquele país.
Chama-se Associación 3.0 e foi lançado este mês, com o impulso inicial de Leandro Zanoni e de Dario Gallo, e conta já com dois membros honorários de respeito: Juan Varela e José Luis Orihuela.
Cheguei á informação através do José Luis (tambem ele um argentino, se bem que ‘exilado’ na Catalunha).

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o que fazia se comprasse um jornal…

Respondendo a uma espécie de provocação de Jeff Jarvis, a propósito da intenção de um grande grupo mediático em vender os seus jornais (o Knight Ridder), Ethan Kaplan (director de tecnologia na Warner Bros. Records) apresenta uma proposta concreta: se comprasse um jornal…
1. mudava a redacção para um grande espaço sem barreiras, com cafés e bares, onde o público podia entrar sem quaisquer restrições: conversando, sugerindo e participando na escrita dos textos;
2. acabava com a impressão e com o piso da administração; mudava os senhores que escrevem editoriais para o mesmo espaço aberto (uma espécie de armazém);
3. reconvertia os departamentos gráfico e de fotografia – elogio dos 72 dpi’s, da mobilidade de transmissão e do Flash 8 Pro.
O post é construído em tom leve mas o autor aposta na sua substância:
What I propose here, while not necessarily practical (it isn’t) is a situation that positions the newspaper in a hybrid state between a virtual community and real-world community, and serves as a facilitator for movement between the two, as well as a conduit for information flow between the two“.

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Xavier Díaz Noci, professor na Universidade do País Vasco, tem um olhar que me parece oportuno salientar sobre o potencial do jornalismo digital.
Diz ele, em entrevista ao portal Dialógica:
Para empezar, se trata -o debería tratarse- de redacciones de producción continua, que informan de las cosas cuando se producen, sin sujetarse a plazos periódicos impuestos por la tecnología (el caso del periódico, pero también de los informativos de televisión). También de redacciones que deben pensar en configurar el mensaje de forma diferente, hipertextual y multimedial. Asimismo, que debe concebir la noticia como modular: la primicia de hoy ya no envuelve el pescado de mañana, sino que es la información contextual de la noticia de los próximos días. Habría que pensar en los medios como grandes contenedores y recuperadores de información, como bases de datos articuladas(bold meu). Sin embargo, no se me oculta que muchos medios
profesionales no han dotado de medios humanos y económicos a sus redacciones digitales, y éstas se limitan a practicar un periodismo de corta y pega, de adaptar las noticias del medio impreso al digital
“.

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(Transcreve-se, com a devida vénia e ligeira adaptação, post publicado no Jornalismo e Comunicação):
No ano lectivo de 2006-2007, a Universidade do Minho volta a oferecer um curso de mestrado de Ciências da Comunicação – especialização em Informação e Jornalismo. Trata-se da terceira edição deste mestrado iniciado em 2001-2002.
Prevê-se que o período de candidaturas seja aberto em Junho, devendo as actividades lectivas ter início em finais de Setembro (para contactos: aqui).
Entretanto, e dado que tem havido manifestação de interesse por parte de numerosos potenciais candidatos originários do Brasil, importa ter em conta que está aberta até 22 de Dezembro próximo a candidatura a bolsas de pós-graduação no quadro do Programa Alban, que poderão apoiar a realização de estudos em Portugal.

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blogs, esses panfletos

A associação do formato blog ao conceito de panfleto parece ter despoletado um debate animado no Brasil.
Luciano Martins Costa escreve, na edição mais recente do Observatório da Imprensa, que reacções mais destemperadas de alguns bloggers à ideia serão, sobretudo, uma questão de não adequação do conceito à sua matriz original:
No meio da balbúrdia e destemperos postados por leitores, o jornalista acreano Altino Machado observou lucidamente que “muita gente reagiu de modo precipitado por causa da palavra panfleto no artigo. Bobagem, puríssima bobagem. O que significa panfleto? O Aurélio define como “pequeno escrito polêmico ou satírico, em estilo veemente”. Os blogs em geral são isso mesmo: coleções de artigos veementes, opiniões, notas selecionadas conforme o gosto do autor, com seus comentários pessoais“.
Creio que os blogs, pelo enquadramento histórico e pela sua abrangência em termos de formato e de acessibilidade serão potencialmente muito mais. Mas admito que não me incomoda que sejam, também, às vezes, panfletos.

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Sullivan com time.com

Mais um sinal dos tempos (tempos em que os blogs são cada vez mais assimilados – que nem sempre compreendidos – pelos grandes espaços tradicionais): Andrew Sullivan vai deslocar o seu popular blog (que acaba de comemorar cinco anos de existência) para o espaço Time.com.
Sullivan diz que retem absoluto controlo editorial: “This is a blog. I won’t be running posts before any editors before they appear. I will continue to write simply what I believe or think, however misguided I may be. I will continue to correct any errors in the full light of day and change my mind if new events demand it or new facts compel it“, mas não é isso que mais importa, pois não?
Encontrei a informação no Cyberjournalist.net.

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Lift – conferência

Os organizadores dizem que se trata de uma “conferência sobre tecnologia e sobre pessoas“.
A LIFT – Life, Ideas, Futures, Together, tem lugar nos dias 2 e 3 de Fevereiro do próximo ano, em Genebra.
Lista dos palestrantes (onde podemos encontrar gente da Microsoft, da BBC ou da Nokia).

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Jornalismo fortaleza falhou

Depois de um período de ausência, o blog de Jay Rosen volta à actividade, ainda que intermitente.
No post de ontem, Steven Smith escreve sobre aquilo que descreve como o fim do jornalismo fortaleza e sobre o que pode ser o novo caminho para a profissão – a redacção transparente:
The users of news aren’t hesitating. They are going to insist on an interactive, two-way flow of information, ideas and opinion— whether we like it or not. And if we don’t develop the user-as-producer model ourselves, others will do it for us or to us“.

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O risco de tanto organizar

Na sequência do programa ‘Prós e Contras’ de ontem à noite, na RTP1, em que se discutiu o estado da educação em Portugal, fiquei com a sensação de que estará em curso a tentativa de mudança de algo que ultrapassa a dimensão de assuntos concretos, como as aulas de substituição, o estatuto profissional ou a avaliação dos manuais escolares.
Parece-me que se pretende agilizar uma mudança de paradigma de funcionamento do sistema; uma espécie de subsidiaridade à escala do ministério – devolução de poder às escolas para gestão de crises.
O risco é enorme, mas o desafio também. O que existirá em espaço de manobra acrescido para a inovação (e imaginação) é retirado ao espaço cativo da (pelo menos até agora) filha legítima do centralismo absoluto, a desresponsabilização.
E, nem a propósito, passei os olhos num texto de Ross Mayfield sobre as razões pelas quais defende ‘o fim do processo’:
Organizations are trapped in a spiral of declining innovation led by the false promise of efficiency. Workers are given firm guidelines and are trained to only draw within them. Managers have the false belief engineered process and hoarding information is a substitute for good leadership. Processes fail and silos persist despite dysfunctional matrices. Executives are so far removed from exceptions and objections that all they get are carefully packaged reports of good news and numbers that reveal the bad when it’s too late“.
…e não haverá quem não pense, de imediato, na forma perfeita como esta frase também descreve alguns dos ambientes em que nos movemos.

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Atraso – 2

Apesar de ter sido avisado a tempo e horas não assinalei ontem a divulgação da lista final dos premiados com os BOB’s deste ano.
O melhor weblog do ano foi “Mas respecto que soi tu madre“, um divertido relato da vida de uma família argentina (com cartoons a ajudar) feito na perspectiva de uma mãe de 52 anos de idade.
O melhor blog jornalístico em língua portuguesa foi o “No mínimo“, um blog portal onde se reunem, sob a orientação do jornalista Pedro Dória, vários contributos.
Duas notas que me parece relevante destacar:
+ o aparecimento de uma categoria para podcasts;
( – o facto de não estar nenhum blog de Portugal na lista dos oito candidatos ao prémio de melhor blog jornalístico em português, no ano passado – recorde-se -ganho pelo Ponto Media do Antonio Granado).
Nota: Quem ler os comentário percebe que terei cometido um erro. Apesar de ter lido em dois sítios distintos (1 e 2) que o blog Tupiniquim é “produzido no Brasil“, garante-me um dos seus autores que o blog é feito a partir de Portugal. Assim sendo, aqui fica o pedido de desculpas pela falha não voluntária e fica também a merecida saudação: parabéns!.

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atraso – 1

O google news em português já entrou em funcionamento na semana passada.
Não ter aqui falado disso a tempo é uma falha grave, tanto mais que se trata de um desenvolvimento muito relevante.
A original empresa optou, desde logo, por ter dois ambientes distintos para PT de Portugal e PT do Brasil – uma atenção que se assinala com apreço.

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a trave na frente do olho…

O director do Correio da Manhã, João Marcelino, terá – segundo o Diário de Notícias – dito que os jornais gratuitos são presas fáceis da publicidade, não investindo na informação.
Quem ouviu, há umas semanas, Marcelino falar no programa da RTP2, Clube de Jornalistas, sobre a questão dos ‘jornais azuis’ até pode ser levado a pensar que não se trata da mesma pessoa. Ele que ali tão bem defendeu a iniciativa, como um exemplo positivo da colaboração possível entre as duas áreas e que, sem dúvidas, desvalorizou receios de conflito entre as lógicas comercial e editorial.
Talvez se tenha esquecido do que disse. Ou talvez possamos estar perante um caso típico da bíblica ‘trave na frente do olho’.

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