Posted in Sem categoria, tagged Jornalismo, Publicações on '22/06/06 2:27 PM'|
No aberto e virtualmente sem fronteiras ambiente mediático em que vivemos – como lhe chama Jane B. Singer – será importante repensar o papel do jornalista para além do processo que define a actividade (a recolha, a organização e a disseminação de informação pertinente). Esse espaço deixou de ser diferenciador e nele perde-se, muitas vezes, de vista o que de distinto tem a profissão.
Segundo esta autora – e perdoe-se-me a simplificação do argumento que apresenta no texto “The socially responsible existentialist”, Journalism Studies, Vol.7, Nº1, 2006 (Obrigado, Joaquim) – importará recentrar a actividade em torno de um exercÃcio existencialista socialmente responsável, para que a informação não perca a sua centralidade como bem público numa sociedade democrática.
Lembrei-me de aqui referir este texto a propósito das observações que o João Paulo Meneses faz relativamente à proposta do Estatuto do Jornalista – e que subscrevo – e também relativamente ao documento para o qual o Pedro Fonseca chama a nossa atenção, onde se apresentam as ‘regras‘ a observar pelos jornalistas nos seus contactos e relatos com e sobre a selecção nacional – Clube Portugal.
(Excerto: “Temos todos a consciência de que tal não se consegue sem um ambiente saudável, longe de tensões desnecessárias, que permita aos jogadores e treinadores obterem os melhores frutos do seu esforço diário. E este ambiente também só é atingÃvel se, da parte da imprensa, houver a compreensão de que nem sempre é possÃvel compatibilizar as necessidades de trabalho de uns com as contingências de trabalho de outros”).
Neste momento, já não se trata apenas de alguns profissionais exigirem – de si para os seus – maior clareza e transparência (nos procedimentos e na produção), mas antes de isso poder ser condição fundamental para a futura existência – de valia socialmente reconhecida – da actividade.
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