Em Julho de 2006 um artigo no Guardian já nos dizia que, “como na vida”, também na web os criadores eram uma parte muito reduzida do número total de frequentadores.
Usando como indicador o crescimento do espaço YouTube – onde os que disponibilizavam conteúdos representavam cerca de 0,5 por cento do total de visitantes – adiantava-se, porém, a possibilidade de esse fraco número poder vir a crescer com o (já) previsível sucesso da ferramenta.
A regra do 1% (à qual Bradley Horowitz, do Yahoo, deu um aspecto gráfico) seria, talvez, um objectivo a atingir por estes dias.
Um estudo recente da Hitwise diz-nos, porém, que esse número está ainda mais distante. Os que carregam videos no YouTube são apenas 0,16 por cento de todos os visitantes e com o Flickr esse valor sobe para 0,20 por cento (A Wikipedia é, neste enquadramento, a excepção – os seus conteúdos são editados por 4,5 por cento dos visitantes).
Uma observação atenta destes dados é fundamental sempre que nos sentimos tentados a falar, de forma generalizadora, do uso e potencial das ditas ferramentas da web2.0. Elas existem, estão lá, disponíveis e prontinhas…mas. O mesmo poderia ser dito da distância que separa o potencial de participação dos cidadãos na produção jornalística do seu efectivo desejo de assim agir.
Encontrei a sugestão no Bloggers blog.