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Archive for Abril, 2004

ainda os mortos no iraque

O tema é delicado mas o jornalismo norte-americano parece ter saído de uma fase de ‘adormecimento’ quase generalizado relativamente às baixas militares no Iraque. As perguntas começam a ser feitas e as dúvidas de muitos cidadãos ganham visibilidade. Falar dos mortos em combate torna-se, a cada dia que passa, mais necessário. Aqui fica mais um exemplo, por sugestão do e-Media Tidbits.

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imagens valem mil palavras – mas quem as escolhe?

A pergunta é muito pertinente, se avançada no contexto da cobertura da guerra no Iraque. Barbie Zelizer escreve, no OJR, que as discussões sobre o poder das imagens têm sido sempre redutoras, por razões históricas, culturais e tecnológicas.
These historical, cultural, and technological points of origin of national nearsightedness remind us that the debates about images — both familiar and over-used — have not gone far enough. Moreover, they do not address sufficiently a fourth point of origin underlying the public’s reasoning over an image’s display — the political mandates at hand for deciding either for or against an image being shown“.
When assessing the appropriateness of an image or the relevance of its display, we should ask which words an image stands for in times of war. For it may be that only those words that are big enough, bold enough, and direct enough can correct the nearsightedness with which images of war are displayed and consumed“.
Journalism needs to do better in creating a ground for using images that is shaped by journalists. Until that happens, it is no surprise that the Pentagon and other similarly interested parties would try and shape their vision of how images should look during war“.
Estimulante.

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mortos no iraque – o mosaico

Na sequência do post sobre o programa desta noite, na ABC, um(a) leitor(a) deixou-me esta sugestão na caixa de comentários. Agradeço e partilho.

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O experimentado jornalista David Nyhan deixa-nos duas ou três reflexões sobre alguns dos problemas que afectam o jornalismo norte-americano (casos do NYTimes e USAToday).

(Porque é que estas coisas acontecem?) “For all the human reasons: greed, fear, lust for promotion, eagerness to do what the boss wants, faster, and on the cheap. Chains and conglomerates increased pressure on editors to cut costs to prop up profit margins. So business-schooled consultants tell publishers: Buy out or pension off your most expensive talent, harass high-wage people until they quit, hire cheaper help, cut back on overtime, rush stories into print with fewer checks and safeguards“;

It’s the oldest story: You get what you pay for. So do the news on the cheap, and you get a cheaper product“;

If you want a quality product, you have to pay for quality ingredients, hire quality talent, and put them at the disposal of quality editors. This is not rocket science; it is merely sound journalistic practice“.

Corrijo o que acima escrevi. Isto não é, de todo, um exclusivo do jornalismo norte-americano.
Sugestão de Romenesko.

PS: Betty Medsger escreve, a propósito ainda destes casos, sobre o lugar do jornalismo norte-americano, partindo de uma chocante comparação.

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Um pequena rádio de Benguela, a ‘Morena’, terá ontem realizado um debate com o sugestivo título: “Democracia e transparência: o papel dos media na luta contra a corrupção”. Um bom sinal, espero.

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Se as discussões sobre a relação entre os weblogs e o jornalismo continuam a todo o vapor, não podemos surpreender-nos com o anúncio de que uma empresa que fornece serviços de meteorologia, a WeatherBug, contratou um professor do ensino secundário para ser o seu ‘embedded blogger‘ na caça a um tornado.

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Uma situação inédita e que, por certo, vai trazer consigo alguma polémica. O programa Nightline, da cadeia norte-americana ABC, deverá, amanhã, ser inteiramente preenchido com as fotos e os nomes dos soldados perdidos no Iraque (mais de 700). Steve Outing escreve no e-Media Tidbits que só não percebe como é que outros orgãos de informação americanos não iniciaram ainda trabalhos idênticos.
A informação foi anunciada pelo TV Barn e eu soube através do Romenesko.

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BBC Online escapa

No âmbito da revisão da carta fundadora do contrato entre o estado britânico e a BBC – a aprovar em 2006 – deverá ser apresentada, já amanhã, uma avaliação menos crítica do que desejariam os operadores privados da postura da BBC Online.
As referidas críticas centram-se no argumento de que a BBC Online usa vastas quantias de dinheiros públicos (cerca de 150 milhões de euros por ano / 30 milhões de velhos contos) para dominar um mercado onde a concorrência não tem grandes hipóteses de sobreviver.
Segundo uma notícia do Independent de sexta-feira passada, agora sublinhada pelo dotjournalism, a avaliação deverá apontar algumas formas de limitar o impacto comercial da BBC Online sugerindo, por exemplo, que a companhia encomende uma quota da sua produção a empresas externas.
Mais do que isso não deverá acontecer. Os privados não terão conseguido provar ao painel de avaliadores que existe distorção do mercado.
Como admirador confesso da BBC Online fiquei satisfeito. Apesar de as somas envolvidas serem quase astronómicas, a BBC Online faz, no presente, o que a BBC World Service – rádio e televisão sempre fizeram: servem as suas variadas audiências (nacionais e internacionais) com as ferramentas do momento. Parece-me, aliás, que o faz agora muito melhor do que alguma vez o fez.

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Cinco anos de blog – uma eternidade

Uma notinha apenas para assinalar (seguindo a sugestão do J&C) a passagem do quinto aniversário do blog de Rebecca Blood. É um feito, tanto mais que Rebecca apostou sempre numa reflexão sobre o próprio fenómeno dos blogs. E fê-lo com seriedade e com espírito crítico.

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The Face – o fim

O jornal Público dá hoje a notícia de que a revista britânica ‘The Face’ publicou o seu último número. Confesso a minha distracção – o anúncio tinha já sido revelado pelo Guardian, na sexta-feira passada, mas não dei por isso.
A ‘The Face’ foi uma das minhas revistas favoritas quando alcançava a idade adulta. Gostava do texto, das fotos, dos temas tratados mas, sobretudo, do cuidado posto no enquadramento de tudo aquilo. Não saberia, sequer, que se tratava de design gráfico e não tinha, por certo, a noção de que aquela revista britânica estava a ser, naquela altura e a cada novo número que saía para as bancas, absolutamente pioneira. Agora, a ‘The Face’ encerra porque as suas vendas andavam apenas pelos 45 mil exemplares, porque a concorrência deu muitos passos em frente e, também, porque o seu público alvo principal, os jovens, já busca novidades noutro sítio, a net. Sinal dos tempos, certamente. O que não impede este meu sentimento de culpa por não a ter comprado nos últimos anos.

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paragem

O Atrium vai parar durante uns dias. Vou ao Ibercom, na UBI-Covilhã.
Tentarei retomar o contacto na próxima segunda-feira.

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etica online

Em declarações ao NYTimes, o proprietário de um blog que está a ser um fenómeno de popularidade em Washington, Nick Denton, do Wonkette, avança uma ideia bastante provocadora:
‘I think it’s implicit in the way that a Web site is produced that our standards of accuracy are lower. Besides, immediacy is more important than accuracy, and humor is more important than accuracy“.
Onde fica o esforço feito por alguns para, precisamente, fazer do online um espaço credível? E o que pensar – se for, de facto, este o enquadramento a adoptar – da crescente influência dos blogs? E como articular este postura com uma outra, sugerida há dias, de que os media tradicionais deveriam criar laços de maior proximidade com estes novos formatos informativos?
Lamento, mas só me ocorrem perguntas.
O debate que, a este propósito, teve lugar no Slashdot vale alguns minutos de atenção.

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jornalistas desaparecidos no iraque

O Baltimore Sun publica a lista dos jornalistas em serviço que, até ao dia 19, tinham morrido no Iraque.

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Autor ou Jornalista?

A pergunta é feita por Matthew Felling a propósito do mais recente livro de Bob Woodward – um dos responsáveis pela queda de Nixon e uma espécie de icone do jornalismo americano vivo.
Explica Felling:
If he is an author, then I’m not going to throw the flag. But if he’s primarily a journalist, then it’s a little disturbing that he kept such important information about how we ended up going to war in Iraq quiet for so long. (…) So while I’m encouraged by the fact that The Truth Will Out, I would rather have the truth “out” in a more timely fashion and for less than $28.00“.
Creio que se trata, uma vez mais, de uma das questões em que o Jornalismo encontra fronteiras pouco claras com outras áreas da comunicação. Deve ou não um jornalista, quando na posse de factos tão relevantes – 1) Bush mandou preparar um plano para a invasão do Iraque muito mais cedo do que se supunha e 2) Washington tinha um acordo secreto com os sauditas para baixar o preço do petróleo pouco antes das próximas eleições – revelá-los o mais cedo possível? E deverá (poderá) isso ser-lhe imposto?

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