Feeds:
Artigos
Comentários

Posts Tagged ‘Negócio’

“Your medium is dying”

“There’s being right and there’s being nice” – é com esta frase que termina a advertência feita a Nelson no mais recente episódio dos Simpsons, emitido no domingo passado nos Estados Unidos.
Nelson tinha acabado de dizer a um jornalista do Washigton Post: “Your medium is dying”!.

Encontrei a sugestão aqui.

Read Full Post »

Dois blogs que, de maneiras muito diferentes, ilustram uma mudança em curso e a militância de algumas posições:

1. Newspaper Death Watch

A blog about the sad decline of an American institution: the major metropolitan daily newspaper

2. The Future of News

What will “the news” look like once things have finally stabilized, following the disruptions caused by Internet and Cable TV news? Will the existing leading institutions like newspapers (particularly the New York Times and Washington Post), TV networks, and the Associated Press continue to have the influence they have had in the past? Will “blogs” become a permanent “David” flinging stones at these “Goliaths,” but never achieving a permanent victory, nor a lasting peace? Will modern journalism’s principles of objectivity, truth, verification, the public’s right-to-know, and disdain for the sensational be relevant, or will news become more similar to other consumer products, with news providers scrambling to meet their customers’ needs?
This blog will provide a forum for answering these questions, and it will concurrently present an evolving, increasingly refined vision of the future of news.

Read Full Post »

Esta é a pergunta de partida para o novo blog de Paul Bradshaw (o homem que já nos trazia o tão interessante ‘Online Journalism Blog’). Chama-se ‘Journalism Enterprise‘ e propõe-se, com a colaboração de quem estiver disponível, ir apresentando uma leitura do momento de vários dos projectos jornalísticos que nasceram na web e se dizem de um outro tempo.
A ficha de leitura é sempre a mesma, o que permite algum grau de comparação entre eles.
As perguntas para as quais é preciso encontrar resposta são as seguintes:
– o que eles dizem que são?
– o que eu digo que eles são?
– o seu melhor?
– o que podia ser melhor?
– como pretende financiar-se?
– devo prestar atenção ao que fazem?

Read Full Post »

Nicholas Carr e o futuro

Excerto para abrir o apetite:

Wired: IBM founder Thomas J. Watson is quoted — possibly misquoted — as saying the world needs only five computers. Is it true?

Carr: The World Wide Web is becoming one vast, programmable machine. As NYU’s Clay Shirky likes to say, Watson was off by four.

Wired: When does the big switch from the desktop to the data cloud happen?

Carr: Most people are already there. Young people in particular spend way more time using so-called cloud apps — MySpace, Flickr, Gmail — than running old-fashioned programs on their hard drives. What’s amazing is that this shift from private to public software has happened without us even noticing it.

O resto da entrevista de um dos mais ‘lúcido-cínico’ pensadores sobre as implicações sociais das mudanças em IT à Wired está aqui.

Read Full Post »

Media – houve ou não mudança fundamental?

A questão, assim posta, de forma simples, pode ajudar-nos a clarificar algumas das nossas outras (subsequentes) opiniões sobre como deve ser isto, como se deve integrar aquilo, como nos devemos relacionar com aquiloutro.
A resposta que dermos a esta pergunta determina muito do que depois eventualmente usarmos nas argumentações relativas a situações mais micro (por exemplo, a presença do jornalismo na net, o estututo profissional dos jornalistas, etc.). É, também  aqui, o nosso ponto de partida que determina muito do caminho que fazemos.
E é, por isso, sempre importante escolher este como um tema central de debate.
Jeremy Allaire, fundador e CEO da empresa de video na net, Brightcove, escreveu há pouco, nas suas previsões para 2008, uma frase relevante neste contexto:

Nothing about the Internet changes the fundamentals of media—value is created by controlling the content or controlling access to the audience. Media companies with established brands and new start-ups will continue to build successful branded destinations so they can control the access to audiences.

Ou seja, tudo como dantes, diz-nos Allaire, que – importa recordar este pormenor – dirige uma empresa que decidiu já abandonar o ‘mercado de video criado pelo utilizador’, em favor de uma aposta mais forte no relacionamento com empresas.

A propósito destas previsões, Terry Heaton escreveu, no Agoravox, um texto também ele interessante:

(…) what’s good for Brightcove doesn’t validate the statement that the Internet doesn’t change the fundamentals of media.
(…)
The value of YouTube has never been in the distributing of the kinds of content described in media accounts of pirating, etc.; it has always been about growing communities entertaining themselves. Professional video creators can scoff at and discount this all they wish, but eyeballs viewing this are eyeballs that once needed the restraints of those creating value through restricted access and so forth.
(…)
The problem may not be that the value proposition of media is changing as much as the definition of media itself.

Read Full Post »

Online salvation?

O mais recente número da American Journalism Review destaca um texto de Paul Farhi (Washington Post) sobre a aposta dos media no online. Nele se apontam alguns sinais de cuidadoso cepticismo…

But even if the newspaper industry continued to lose about 8 percent of its print ad revenue a year and online revenue continued to grow at 20 percent a year – the pace of the first half of 2007 – it would take more than a decade for online revenue to catch up to print. Journalists, or indeed anyone with an interest in journalism, had better pray that doesn’t happen. Because online revenue is still relatively small and will remain so even at its current pace, this scenario implies years of financial decline for the newspaper industry.

Mais uma nota de prudência – Online news ‘failing to meet demands of the audience’

Read Full Post »

Moderar comentários

A moderação de comentários é uma questão recorrente em blogs, em espaços de informação institucional e também em espaços de informação jornalística na net; aliás, tornou-se até – à escala nacional – numa questão de vital importância na sequência da mais recente decisão da ERC.
Fazendo equilibrismo entre a necessidade de incentivar mecanismos de proximidade com as audiências e as implicações legais de abusos, os jornais enfrentam, no actual momento, uma série de decisões complicadas.
O Público, por exemplo, parece ter optado (a propósito da reformulação da sua aposta na net) por abrir as caixas de comentários a todos, até mesmo a anónimos. No campo oposto estão espaços como os do JN ou DN (ambos com reformulações agendadas para breve) que não permitem qualquer pronunciamento directo sobre os textos apresentados.
A meio termo – e com custos adicionais – o New York Times anunciou no início de Novembro que iria permitir a existência de comentários nas suas notícias, embora passando por um processo de moderação. Quatro pessoas foram especialmente contratadas para lidar com o assunto.
A propósito deste assunto, Tod Zeigler escreveu no Bivings Report um texto onde deixa a sugestão de que as empresas permitam os comentários, desde que se cumpram algumas regras:

1. Só aceitar comentários de utilizadores registados
2. Ler os primeiros comentários de um novo utilizador; caso se trate de algo que extravaze o âmbito do artigo ou contenha afirmações incorrectas, o utilizador será banido
3. Banir de forma imediata todos os comentários que contenham linguagem obscena
4. Criar mecanismos que permitam aos utilizadores indicar a existência de comentários não apropriados; se um comentário for assinalado por um grande número de utilizadores deve ser lido por um editor
5. Dar aos utilizadores a possibilidade de não ver os comentários de outros utilizadores
6. Permitir uma gestão activa e permanente da comunidade; os editores e jornalistas precisam de deixar, eles próprios, comentários e observações; utilizadores que desrespeitem as regras devem ser banidos; as comunidades tendem a ter comportamentos mais correctos quando mais se perceba a presença dos administradores
7. Fechar a possibilidade de comentar um artigo uma semana depois da sua publicação

Ideias, ideias…

Read Full Post »

P@net muda para melhor?

O Público tem cara nova na Net.
Será o que se esperava?
Será?
Para já, assinala-se apenas a mudança…

Read Full Post »

O que vamos dizer de tudo isto em 2018…

A Newspaper Association of America lançou há dias um blog intitulado ‘Imagining the Future of Newspapers‘.
Foi proposto a 22 convidados – alguns jornalistas no activo mas também analistas, académicos, leitores – que escrevam sobre o nosso presente como se do passado se tratasse.
Há, nalguns dos posts que tive oportunidade de ler, a indicação de ‘soluções’ já conhecidas – a personalização dos sites, a abertura a conteúdos produzidos pelas audiências, a reorganização das redacções – mas há também textos mais abrangentes, como o de Howard Finberg, responsável pela área de aprendizagem interactiva no Poynter Institute.
Excerto:

Looking back from the calmer perspective of 2018, it is hard to remember the turmoil that gripped the newspaper and broadcast industries between 2000 and 2012. Turmoil? Sometimes it felt like panic.
Listening to the new media pioneers reminisce, most of whom are retired from active pontification, today’s media worker might assume that there would be no survivors emerging from that mayhem.
As you know, that didn’t happen. There are lots of survivors. But there were also many casualties, including several big-city newspapers.
Even professional journalism survives, although it’s still complicated to explain who is a journalist and who isn’t. That’s one of the most interesting side effects of the shakeout among legacy [okay, call them old] media companies: the flourishing of reporting and the sharing of information across communities.
What didn’t flourish were the companies that kept looking at their assets and saying things like, “We have a competitive advantage because we have…” You can fill in the blank. We did have some advantages, but not in the way we thought back in 2008.

Read Full Post »

Olhar o futuro e ver lá pr’a dentro

Duas sugestões de leitura com pontos em comum: 1) ambas se centram no testemunho de jornalistas com vasta experiência; 2) ambas parecem mostrar-nos que a profissão precisa de ‘mudar de sítio’ e, mais relevante, que o importante não é o tal ‘sítio’.

1.Time is a magazine that waits for no man‘, Entrevista de Richard Stengell ao The Independent (sugestão recolhida no Infotendencias)

Excerto:
“The old rhythm was not for the readers but for the journalists. We were backward looking and retrospective.
(…)
Ten years from now the idea that somebody writes for the magazine and not for the website will be crazy. So you can’t drive and listen to the radio at the same time?”

2.Why I’m saying farewell to the NUJ‘, post de Roy Greenslade no seu blog (sugestão recolhida no PontoMedia)

Excerto:
“I concluded that “traditionalist NUJ members… have to come to terms with changed circumstances”. It was a painful personal statement because I realised that I was on the way to saying, as I do now, that though journalism does indeed matter, journalists do not.
(…)
What I mean is that I still believe journalistic skills are essential. I also believe that there is a future for professional journalists – people employed by media outlets whose daily job involves them in reporting and transmitting text, photographic and video content. But I also recognise that the so-called profession of journalism has to adapt to vastly changed circumstances.

Read Full Post »

O que nos dizem as ‘primeiras’ de hoje

A tragédia de ontem à noite, na A23, domina as primeiras páginas dos principais diários portugueses – pagos e gratuitos (está excluído o Metro porque, até às 10h30 da manhã, não tinha ainda disponível no site a imagem da edição do dia) – e talvez seja o momento indicado para tentar fazer algumas observações:

1. Há três diários que recorrem à palavra ‘tragédia’; os restantes preferem o termo ‘acidente’ (um dito popular, um dito de referência e um gratuito);

2. Há cinco diários que escolhem para título a notícia – ‘aconteceu isto, morreram X pessoas e Y ficaram feridas’;

3. Há dois diários que escolhem para título o contexto – ‘o que aconteceu enquadra-se nisto’;

4. Há um diário que passa completamente à margem do assunto.

Notas:

a) Numa situação como esta – em que o facto acontece à noite, a uma hora em que a maioria das pessoas pode já não estar a aceder a conteúdos informativos – parece-me legítimo que ainda se apresente a notícia em primeira página. Ou melhor, parece-me aceitável que assim se proceda.

b) Num momento em que os diários pagos são pressionados pelos gratuitos e pela proliferação de formatos de transporte de informação parece-me, porém, estrategicamente mais correcto seguir o caminho da contextualização – a informação de base está lá, mas há também o resto, o que pode distinguir dos demais. Só o Jornal de Notícias e o Público seguiram esse caminho e, curiosamente, escolheram complementaridades diferentes: ‘o maior acidente desde Entre-os-Rios’ e ‘eleva para 702 o número de mortos nas estradas’.

c) O caminho percorrido pelo diários gratuitos nos últimos anos parece indiciar uma aproximação paulatina ao espaço até aqui ocupado pelos diários pagos (independentemente do estilo); a própria existência de mais títulos no segmento tende a acrescentar impulso a essa caminhada. Mas isto significa que quem não acompanha a passada fica irremediavel e visivelmente para trás; o Meia-Hora de hoje está para trás. Está mais longe da informação diária do que da informação de supermercado e isso só pode ser entendido como um sinal de alerta para quem o dirige e financia.

Read Full Post »

Cinco anos – a diferença que fazem

Há momentos assim; paramos, olhamos para trás e percebemos que cinco anos podem parecer 50.
Agradeço ao António Delgado a oportunidade que me deu, num post que recomendo.
Nele se recorda que há cinco anos – em finais de Maio de 2002 – Juan Luis Cebrián, conselheiro delegado do grupo Prisa, justificava assim o encerramento de conteúdos do El Pais na net:

“No es justo que los lectores que compran el diario en papel tengan que costear a los que lo leen por el ordenador”

Em Outubro de 2007, o mesmo Cebrián, apresentava a reformulação de estratégia da empresa (depois do comprovado falhanço da política de fecho de conteúdos) dizendo que o El Pais pretendia ser ‘o periódico global em espanhol’, sendo que para isso:

“Es obvio que el futuro pasa por Internet. El mayor impulso de crecimiento ha de venirnos del sector audiovisual y de Internet”

A mudança de postura dos responsáveis por um dos mais importantes grupos de comunicação do planeta é de saudar.
Mas importa que se assinale o caminho feito para que 1) o peso da história se aconchegue a todos, 2) se continuem a fazer leituras temperadas dos anúncios sobre posicionamentos no mercado dos vários produtos (e das várias empresas).

Read Full Post »

Haja coragem – é preciso mudar mais!

O Público, que ontem aqui elogiei, apresenta hoje no seu espaço de opinião a última crónica de Joaquim Fidalgo.
Ter-lhe-á sido dito que seria tempo de partir.
Parece-me um passo em falso. Completamente em falso.
Parece-me que o Joaquim sairá – e ninguém teve a coragem de o dizer aos leitores senão o próprio – por razões que pouco ou nada terão a ver com a sua prosa, o seu texto, o seu olhar curioso. E isso é trágico para um jornal que precisa mesmo muito de se afirmar pela diferença qualitativa do que nos apresenta todos os dias.
Afastar o Joaquim Fidalgo é uma decisão editorial idiota mas é, igualmente, uma decisão comercial idiota (tendo em conta os esforços desenvolvidos para contratar ‘penas de registo diferente’).
Não chega ter uma primeira página boa, de vez em quando.
É preciso mudar a atitude perante os leitores, é preciso mudar a visão do que é ‘estrategicamente correcto’.
Perder o Joaquim Fidalgo é sinal de alheamento completo.
A bem do Público e dos seus leitores, talvez seja tempo de partir, José Manuel Fernandes.

(Sendo amigo e companheiro de trabalho do Joaquim, tudo o que aqui disse enfermará de alguma natural parcialidade mas, ainda assim, aí fica).

Read Full Post »

Viva a coragem – o mundo mudou!

A primeira página do Público de hoje vale pela coragem de dar importância gráfica a um tema importante…coisa que nem sempre acontece naquele jornal. Vale pela força que tem aquele burburinho de palavras, umas mais silenciosas, outras mais perceptíveis. Vale pela ausência de tudo o resto.
(Sobretudo porque os tempos são difíceis) Que viva assim, por muitos e bons, o Público.

Read Full Post »

Older Posts »