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Archive for Maio, 2009

Recebi, na caixa de correio do blog, mais uma mensagem a promover qualquer coisa e a pedir a minha colaboração para a divulgar. Estava quase a mandá-la para o ‘arquivo geral’ quando reparei numa expressão particular. E achei que, afinal de contas, devia mesmo escrever sobre o assunto.
A dita mensagem dizia o seguinte:

Após o lançamento internacional do seu último livro, “TJ Walker’s Secret to Foolproof Presentations,” os co-autores TJ Walker & Jess Todtfeld querem quebrar o Recorde Mundial da maior quantidade de entrevistas de rádio num período de 24 horas.
Em Portugal, junta-se a directora executiva da MTWPortugal que este mês apresentou a empresa aos meios de comunicação social portugueses.
A equipa pode falar sobre diversos assuntos e os que melhor forem ao encontro da estação de rádio e/ou blog. A equipa já tem marcações para mais de 90 estações. 72 é o recorde actual e o seu objectivo destes comunicadores é falarem para mais de 115 estações. As entrevistas irão ocorrer entre as 6am no dia 1 de Junho e as 6 da manhã de 2 de Junho, hora de Nova Iorque, e em inglês e português.

A equipa pode falar sobre diversos assuntos e os que melhor forem ao encontro da estação de rádio e/ou blog“.
A ‘equipa’, pelos vistos, só quer é mesmo falar…não importa sobre o quê.

Mesmo se nos abstrairmos da situação caricata temos ainda nas mãos algo que devia preocupar-nos a uma outra escala; a crescente fragmentação dos consumos de média e a também crescente desvalorização dos papel mediador do jornalista abre espaço a fenómenos de simulacro de comunicação deste tipo. Serão, certamente, cada vez mais frequentes e terão, certamente também, cada vez mais espaço e oportunidade para se apresentarem directamente às audiências.
Ganham os senhores que falam sobre qualquer assunto, claro está.
Mas ganharemos também nós?

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Está a decorrer – entre hoje e amanhã – em Barcelona a conferência ‘Power of Print 2009‘, organizada pela WAN (World Association of Newspapers).
Na sessão de abertura, o responsável máximo da organização, Gavin O’Reilly, apresentou um discurso optimista, centrado num olhar global sobre a indústria.
Excertos:

The simple fact is that, as a global industry, our printed audience continues to grow

That this doom and gloom about our industry has largely gone unanswered is, to me, the most bizarre case of willful self-mutilation ever in the annals of industry (…) And it continues apace, with commentators failing to look beyond their simple rhetoric and merely joining the chorus that the future is online, online, online, almost to the exclusion of everything else. This is a mistake. This oversimplifies a rather complex issue.

Ainda que se percebam as obrigações institucionais de O’Reilly e ainda que seja (também) verdade o que diz não será imprudente optar por este tipo de estratégia; fechar os olhos a tantos elementos de uma realidade que é, certamente, mais complexa do que deixa transparecer o seu discurso?

[Sugestão de reflexão de Rosental Alves, via Twitter]

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É um gráfico em tempo real que apresenta indicações sobre a nossa actividade na web nos últimos 30 dias.
A minha Geek Chart é assim:

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[Sugestão recolhida aqui]

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É um documentário profundamente ideológico.
É um filme profundamente optimista.
Fala-nos da tendencial predisposição da generalidade dos humanos para ajudar e fala-nos das redes informais de partilha de conhecimento que escapam completamente às lógicas compartimentadas da organização social como a entendemos (ou como fomos ensinados a entendê-la).

Devia ser de visionamento obrigatório para todos os candidatos a deputado no Parlamento Europeu, para todos os candidatos a uma posição na política nacional ou autárquica.
Para que percebam que correm o sério risco de estar completamente à margem do mundo das pessoas. Para que percebam, sobretudo, que esse mundo depende cada vez menos deles e só os aceitará segundo novas regras.
Os que temos, para já, ainda parecem jogar jogos antigos…

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Talvez dedique menos tempo da minha vida à web quando deixar de ter surpresas como a que recebi, na minha conta do del.icio.us, sugerida pelo meu amigo Pedro Almeida.
Até lá continuo a achar que a web é um lugar das pessoas.
Um lugar para as pessoas.

Info retirada do YouTube:
Staff Benda Bilili are like nothing you have ever seen or heard before. A group of paraplegic street musicians who live in and around the grounds of the zoo in Kinshasa, Congo, they make music of astonishing power and beauty. The band’s mesmerising rumba-rooted grooves, overlaid with vibrant vocals, remind you at times of Cuban nonchalance, at other times of the Godfather of Soul himself. You can hear echoes of old-school rhythm and blues, then reggae, then no-holds barred funk. Four senior singer/guitarists sitting on spectacularly customized tricycles, occasionally dancing on the floor of the stage, arms raised in joyful supplication, are the core of the band, backed by a younger, all-acoustic, rhythm section pounding out tight beats. Over the top of this are weird, infectious guitar-like solos performed by young Roger Landu, (an ex-street kid the band took under their wing), who plays a one-string electric lute he designed and built himself out of a tin can.
The lyrics of the Staff Benda Bilili are wise, ironical advice to the people who live in the streets. In Lingala, “Benda Billi” means “look beyond appearances”.

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Visão cómica do futuro dos e-readers…com este Kindle 9XXXD.

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Polémico o mais recente texto de opinião do académico Robert Picard, publicado no CSMonitor.
O que nos diz?
Muito simplesmente que o salário é a compensação pela criação de valor e, no presente, os jornalistas estão a criar muito pouco. Por isso, defende, deveriam receber menos.
Excertos:

To comprehend journalistic value creation, we need to focus on the benefits it provides. Journalism creates functional, emotional, and self-expressive benefits for consumers. Functional benefits include providing useful information and ideas. Emotional benefits include a sense of belonging and community, reassurance and security, and escape. Self-expressive benefits are provided when individuals identify with the publication’s perspectives or opinions, or when they’re empowered to express their own ideas.
These benefits used to produce significant economic value. Not today. That’s because producers and providers have less control over the communication space than ever before. In the past, the difficulty and cost of operation, publication, and distribution severely limited the number of content suppliers. This scarcity raised the economic value of content. That additional value is gone today because a far wider range of sources of news and information exist.
The primary value that is created today comes from the basic underlying value of the labor of journalists. Unfortunately, that value is now near zero.

[Sugestão original aqui]

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O candidato do Partido Socialista ao Parlamento Europeu, Vital Moreira, anunciou esta tarde a sua adesão ao Twitter.
Como se percebe nos seus primeiros passos e também na forma como a ‘notícia’ chegou a todo o lado o referido político logo tratou de rentabilizar ao máximo essa sua presença, deixando para segundo plano a tarefa bem menos apelativa…de perceber a ferramenta!

20090519_Vital_Twitter_W
Notas de observação:

1. A designação da conta é ‘vitalmoreira09’ sugerindo, naturalmente, uma ligação forte à campanha eleitoral mas sugerindo também que a presença não durará muito mais do que isso.

2. A ferramenta está – pelo menos até agora (imagem recolhida pouco depois da 20h00 de hoje) – a ser usada apenas como mais um canal de divulgação das actividades do candidato; Vital Moreira é já seguido por quase duas centenas de pessoas…mas não segue ninguém.

Então a ‘rede’, Sr. candidato? A ‘rede social’? A proximidade? A partilha?

Será mesmo só falta de jeito de quem aconselha esta gente?

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Thomas Baekdal escreveu, em finais de Abril, um post que tem imagens muito poderosas (das tais que valem mais do que mil palavras) retratando mais de 200 anos de consumos de media por períodos (desde o ‘face a face’ até futuristico ‘a tradição acabou’).

20090515_ThomasBaekdal_Where do we get our news from_1
[Sugestão inicialmente recolhida n’O Lago]

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IAMCR-2010 em Portugal

iamcr_homeA International Association for Media and Communication Research acaba de anunciar aos seus membros que a conferência anual da organização, em 2010, terá lugar na Universidade do Minho, em Portugal.
É o seguinte o texto da mensagem:

“IAMCR’s Executive Board and International Council have selected the University of Minho, Braga, Portugal to host IAMCR’s 2010 conference.
Proposed dates are from 18-22 July, 2010.
More details about the Portugal conference will be announced during this year’s conference in Mexico”.

É a primeira vez que a IAMCR escolhe Portugal para receber aquela que é, anualmente, a maior reunião mundial de investigadores em comunicação.

[Post replicando conteúdo apresentado no J&C]

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Recomendo a leitura de um post, de Dale Peskin, que sendo absolutamente centrado na realidade norte-americana não deixa de ter transposição – pelo menos na ideologia de gestão dos media que parece denunciar – na Europa e, em particular, em Portugal. Diz ele que o modelo de negócio milagroso que tantos procuram para fazer face à crise só pode passar pela criação de mais e melhores conteúdos…e que isso se faz com jornalistas.
Excertos:

“Sometime soon, the publishers are going to figure out the next problem: they neither have enough good content that’s worth selling nor sufficient talent to produce it.
Once again, publishers are about to learn new realities from the Internet. The first is that you can’t produce enough content to supply it. The second is that the content you do produce probably isn’t worth what you think. The third is that the competition is fierce”.

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E tu, quanto ganhas?

É um exemplo de um excesso.
Mas é um exemplo ‘bom’, porque cumpre duas funções: 1ª) mostra-nos que mesmo os mais experientes, ao serviço de uma das empresas com regras mais rigorosas, podem ter um ‘dia não’; 2ª) sendo ‘boa televisão’ é ‘mau jornalismo’.
Durante uma entrevista a um deputado britânico, sobre o muito polémico tema das despesas pessoais pelas quais os membros do parlamento terão pedido reembolso ao Estado, a jornalista da BBC, Carrie Gracie, entra num beco sem saída e vê-se forçada a revelar quanto ganha…
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[Sugestão recolhida aqui, via Twitter]

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Ter, no segundo dia de vida do jornal, um texto com chamada na Home sob o título “O que os blogues dizem sobre o i” pareceu-me uma boa ideia.
Vi e pensei – sim senhor, estão a começar a abrir-se à pluralidade de vozes na comunidade que querem que seja também sua!
Puro engano.
Nada disso.
Só se apresentam (à hora a que escrevo este post, 16h00) excertos de opiniões tendencialmente positivas sobre o jornal.
É mau demais; é triste demais para ser verdade.
Novo jornal, nova redacção, novos formatos – pensamento velho.

(Por favor!) Escrevam lá nas paredes novas, da nova redacção, a trabalhar num novo produto a frase que tornou célebre o senhor Gillmor: “OS UTILIZADORES SABEM MAIS DO QUE NÓS SABEMOS” (ou seja, não podemos continuar a tomá-los por papalvos!)

E tentem dar uma volta no Twitter com estas hashtags – #ionline e #ijornal…

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No J&C apresentei já a minha apreciação global sobre o novo jornal generalista, o i‘.
Aqui – seguindo a sugestão de um dos responsáveis pela empresa que ajudou a conceber o jornal, Juan Giner: “Show, don’t tell”) – vou deixar imagens que mostram a enorme semelhança entre o design do diário português e a revista britânica Monocle, lançada há cerca de dois anos.
Compartimentação

Detalhes de paginação (côr / apontadores numéricos)


Nota: O negócio dos jornais vive – como sempre viveu – de permanentes reinvenções; ser original não pode ser nunca um objectivo em si mesmo e copiar fórmulas com sucesso pode até ser sinal de perspicácia.
Apesar disso, sinto que – também nesta área – novo, novo, mesmo novo…o i não é.
E podia ser.

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