blogs – escrever sem motivo algum

Sempre que se fala, de forma entusiasmada, sobre a blogosfera recolho, instintivamente, a uma posição de prudência (imagino que se as bolhas tivessem pequenas válvulas de escape talvez nunca explodissem). Vem isto a propósito de um texto que encontrei aqui sobre a absoluta irrelevância dos blogs.
Não concordo com o que escreve Stephen Phillips (porque, entre muitas outras coisas, passa ao lado do aspecto mais importante dos blogs – a personalização da produção), mas importa ler uns textos destes, de vez em quando, para temperar ondas de optimismo desmesurado.

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Comparar formas de fazer jornalismo

O jornalista espanhol Martínez Soler mantem um blog onde, com grande regularidade, compara o jornalismo da imprensa diária. E fá-lo com base numa longa experiência profissional.
El Mundo e El Pais são os alvos preferenciais da sua atenção, mas a análise não se fica por aí.
Segundo José Manuel Noguera – em cujo blog recolhi a informação – este espaço junta-se, assim, a outros dois que, em Espanha, já desempenhavam esse papel de observação atenta do jornalismo impresso – este e este.
Recomendam-se visitas a quem se interessa pelo assunto.

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upgrade para políticos

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By a t r i u m.

Acabaram-se as atenuantes.
O político, candidato a autarca, pode não saber ligar um computador e pode até achar que banda larga é uma espécie de cinta sugerida pela senhora que lhe trata da imagem…mas deixou de ter desculpas para não estar presente na net.
À falta de um sobrinho jeitoso ou de um voluntarioso jovem da Jota pode sempre recorrer aos serviços de uma empresa que oferece ‘sites de campanha’ a partir de 350 euros.
Na página dedicada aos jornalistas aparece a frase: “a internet explodiu e você não pode ficar de fora. No seu concelho, os eleitores vão procurá-lo na internet. Agora as pessoas usam a internet para decidir o seu sentido de voto“.
Palavras para quê!
Só se for para agradecer a sugestão, encontrada aqui.

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Ode ao ecrã

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By a t r i u m.

David Weinberger descreve este filme como “os melhores cinco minutos de net” dos últimos tempos.
É uma ode ao ecrã (como janela para o mundo virtual) apresentada por Susan Crawford, desenvolvida por Nicholas Kaye e acondicionada pela irrepreensível música de Cole Porter.
Aqui fica, numa homenagem ao defunto suplemento “Computadores” do jornal Público (substituído por umas breves de gadgets na nova publicação DiaD).

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Então as edições online?

 

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By a t r i u m.

Os leitores de jornais encontraram hoje as bancas repletas de uma só cor – azul (petróleo) – por iniciativa de uma empresa de telefones móveis que decidiu renovar a imagem.
A estratégia tem de original – no mercado português – o facto de cobrir um grande número dos títulos diários disponíveis.
Curiosamente, uma marca que se renova em busca de uma postura mais jovem, mais actualizada, optou por não alargar a campanha aos sites online dos diários seleccionados.

Nota adicional: será problema meu ou a nova imagem da tmn tem exactamente a mesma linguagem que a nova imagem do continente (criadas pela mesma empresa)?

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jornalista digital: competências

Juan Varela, animador do premiado Periodistas21, dá hoje uma entrevista ao portal Dialogica onde fala dos efeitos dos novos meios no jornalismo.
A dado passo surge a pergunta: e o jornalista digital, que qualidades precisa de ter?
A resposta começa assim: “Lo primero ser buen periodista, igual que siempre“.
E quem fala assim merece leitura atenta. O resto está aqui.

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Blog com autoria disputada

Um amigo chamou-me a atenção para o facto de existir um blog – este – que parece estar a ser disputado por dois autores.
Tanto quanto sei é algo de inédito e, se nos afastarmos do aspecto bizarro, facilmente chegamos a uma preocupação mais abrangente – a dos direitos autorais.

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Comunicação e Lusofonia

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By a t r i u m.

O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho realiza, no dia 7 de Outubro, uma conferência internacional sob o título genérico “Comunicação e Lusofonia”.
A iniciativa concretiza-se no âmbito do projecto de investigação ‘Lusocom: estudo das políticas de comunicação e discursos no espaço lusófono’ e reúne especialistas de vários países em torno de três painéis temáticos:
10h00: Lusofonia: Equívocos, Fronteiras e Possibilidades;
14h00: Polí­ticas da Língua e Identidade;
16h00: Os Media e a Memória Social.
A entrada é livre e o programa detalhado está disponível aqui.

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10 anos de Publico Online

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By a t r i u m.

O Público assinala hoje a passagem de dez anos sobre a data do início da sua aventura online.
Está de parabéns o jornal e estão de parabéns os que se dedicaram à versão online desde a primeira hora.
O jornal decidiu – e bem – apresentar o assunto em destaque que (imagino) poderia mesmo ter sido o único do dia, não fosse ter ontem acontecido o arraial desprestigiante com a “Senhora de Felgueiras”.
O Público Online tem quase meio milhão de visitantes únicos por mês, quase cinco mil assinantes do serviço PDF e pouco mais de 2500 assinantes da edição impressa em HTML.
Em editorial, o director, José Vítor Malheiros escreve: “(…) penso que nenhuma das pessoas que viveram estas mudanças de dentro da Internet quereria estar noutro lado enquanto elas aconteceram. Eu certamente que não quereria e dou-me conta disso quase com surpresa, neste momento em que escrevo“.

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Passando os olhos na mais recente edição da revista Telos descobri estes dois textos que importará assinalar:

1. “La blogosfera: un vigoroso subespacio de comunicación en Internet“, de Fernando Sáez Vacas;
2. “Sociedade da Informação, Reestruturação Produtiva e Economia do Conhecimento“, de César Bolaño.

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Como salvar a Imprensa – um olhar

Lou Alexander passou 20 anos no departamento comercial do San Jose Mercury News. Antes disso, foi jornalista durante oito anos. Num texto muito cru, Alexander explica porque é que, na sua opinião, muitos dos que escrevem sobre a Imprensa nos Estados Unidos não sabem do que falam.
E deixa recados à classe jornalística, alguns bem claros:
1. “The newsrooms of America need to make sure they are purer than pure. The world is full of smart, well-educated, well-read media consumers these days“;
2. “Forget about gimmicks and focus on compelling content. Shorter stories, pointless, space-eating graphics, bullet-pointed summaries of stories are gimmicks. Journalist need to focus their energy on creating compelling content“.
Curto e polémico. O texto completo está aqui.
Encontrei a sugestão aqui.

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antes blogger…que político

Um vereador na cidade de Durham, no Reino Unido, recebeu indicações da concelhia do seu partido para retirar posts ‘controversos’ do seu blog pessoal e para lhes franquear ainda direitos de edição. A ideia – defendiam os restantes parceiros liberais-democratas – seria evitar dar pretextos para crítica à oposição local (predominantemente trabalhista).
Paul Leake, o vereador em causa, não acedeu aos pedidos e, em vez disso, demitiu-se do partido. Disse que passará a servir os seus eleitores como independente.
Assim, de repente, o Reino Unido parece estar tão longe…
Encontrei a informação aqui.

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By a t r i u m.

Importa assinalar, com agrado, a existência no site que Expresso, SIC e Visão (empresas do mesmo grupo) decidiram dedicar às eleições autárquicas – maisautarquicas.com – de um espaço para a publicação de textos (e fotos) produzidos pelos leitores/telespectadores.
Ainda que a expressão ‘jornalismo do cidadão’ possa estar a ser abusada (um cínico poderia até mesmo dizer que, da forma como está concebida, esta ‘novidade’ não passa de uma outra denominação para as tradicionais ‘cartas dos leitores’) há muito de positivo no facto de um grupo tão importante como a Impresa mostrar que está atento e agir em conformidade.
Um passo em frente é sempre um passo em frente.

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A questão da influência dos blogs nos media tradicionais e, por arrastamento, na agenda comum continua a ser uma das que mais atrai comentários e/ou textos de diferenciada envergadura.
Peter Daou, um dos responsáveis pela ligação do candidato presidencial norte-americano John Kerry à blogosfera (um homem, portanto, com um conhecimento muito particular da realidade nos Estados Unidos) escreve, no Salon.com, um texto curioso.
Excertos:
1. “(…) without the participation of the media and the political establishment, the netroots alone cannot generate the critical mass necessary to alter or create conventional wisdom. This is partly a factor of audience size, but it’s also a matter, frankly, of trust and legitimacy“.
2. “That is not to say that blogs can’t be the first to draw attention to an issue, as they often do, but the half-life of an online buzz can be measured in days and weeks, and even when a story has enough netroots momentum to float around for months, it will have little effect on the wider public discourse without the other sides of the triangle in place“.
Encontrei a informação aqui.

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