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Archive for Maio, 2008

Muito do que se escreve sobre a web padece ainda de um mal invariavelmente associado à proximidade – a utopia. É fácil encontrar uma infindável listagem de textos sobre o fim de determinadas práticas, uma vez que algo de ‘fundamentalmente novo’ apareceu ‘para mudar tudo’.
Sendo algumas destas leituras bastante atraentes, será preciso fazer um esforço para não ver o real como reflexo do desejado.
É, por isso, relevante, recomendar a leitura de trabalhos que, de forma cuidada, nos ajudam nesse esforço, como este, em que se analisa o comportamento de cerca de 100 mil utilizadores durante nove meses.
A conclusão mais forte – a tal que nos ajuda a fixar os pés no chão – indica que 54 por cento dos pedidos de acesso a URL’s não partem de referências prévias, ou seja, não surgem na sequência de um hiperlink num outro espaço nem de uma busca. Aliás, o mesmo trabalho revela que o lugar dos motores de busca na actividade comum de um utilizador estará bastante sobrevalorizado, uma vez que só 5 por cento dos pedidos de URL surgem por essa via.
As pessoas – parece indicar o estudo – não adoptam da forma prevista as possibilidades tecnológicas à sua disposição. O comportamento humano não será assim, face à Web, distinto do adoptado a outras realidades…
Nicolas Kayser-Bril faz, no OJB, uma leitura “está bem…mas” que se aceita mas cujos argumentos esmorecem perante a força dos resultados do estudo.

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Dando-se assim início a uma série de modificações nos espaços online do grupo Controlinveste, a TSF acaba de tornar visível o seu novo site.

Primeiras observações (forçosamente pouco cuidadas):

1. A mancha aumentou (estava em dimensões ‘pré-históricas’). É bom. Há mais espaço disponível.

2. O laranja desapareceu e há apenas duas cores – o azul, em várias tonalidades (algumas mortiças demais, talvez) e o vermelho numa nuvem de tags à direita (já num segundo ecrã) e nos descritores das secções. A aposta no predomínio de uma só cor é clara, mas muito discutível (sobretudo em tempos de Web 2.0).

3. Desapareceu (pode ser temporário, espero eu) o acesso ao vasto arquivo de programas (sentia algum conforto em ter acesso em qualquer momento a espaços que marcaram a rádio como, por exemplo, “O Som dos Pedais”) está remetido quase para o fim da página ‘Programas’, aparecendo a opção de busca de conteúdos inserida visualmente no espaço ‘fim-de-semana’. (Nota: este texto foi modificado em 22.05-13h10 na sequência de um comentário ao post).

4. Na página ‘Audio&Video’, os trabalhos disponíveis aparecem numa janela interior com scroll autónomo…opção muito duvidosa em termos de nevegabilidade e muito má em termos estéticos.

5. As ‘Ultimas’ aparecem espremidas numa estreita coluna central. Em se tratando de uma rádio, talvez se pudesse ter pensado em espaço de maior saliência.

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O mais recente número da Columbia Journalism Review é dedicado à escrita e à leitura (enquanto actividades, também elas, em fluxo) mas recomendo, de entre os textos disponíveis, este sobre o lento desaparecimento do jornalismo de investigação.
Escreve-se no dito texto:

“We’re talking about the type of journalism that is so damned hard to do well, the kind that takes more than just smarts and the ability to turn a phrase; it takes a conviction that learning the truth of a situation—like it or not—and then telling that truth to the public square are among the highest callings of a civilized society. To date, that kind of journalism is conspicuously absent from most freestanding digital news operations. But it’s precisely the kind of work that anyone who would truly reinvent the newspaper must fund and publish.”

[Sugestão recolhida no PontoMedia]

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O centro Polis – Journalism & Society, da London School of Economics refrescou a presença na net e o seu responsável, Charlie Beckett, disponibilizou excertos do livro, “SuperMedia – Saving Journalism so it can save the World“, a publicar pela Blackwell ainda este mês.
Da introdução retiro um excerto:

“This book is my manifesto for the media as a journalist but also as a citizen of the world. As a journalist you are constantly being told that the news media have enormous power to shape society and events, to change lives and history. So why are we so careless as a society about the future of journalism itself ?”.

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Publius

A proposta do Berkman Center for Internet and Society assume-se como ambiciosa – inpirando-se nos Federalist Papers, tenciona desenvolver um espaço de discussão teórica sobre a evolução do ciberespaço.
O Publius – que foi apresentado há dias – agrega já contribuições de John Palfrey, David Wineberger, Esther Dyson e Kevin Werbach.
Excerto do texto de Weinberger:

“When governing bodies look at the Internet, they see its unruliness. But most of the swirl of the Net is in fact governed by rules so deeply implicit that even to surface them would disrupt the creative social work underway. The overwhelming preponderance on the Net of tacit governance over explicit is a sign of the Net’s depth, importance, humanity, health and success.”

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O grupo de media norueguês Schibsted divulgou há dias as suas contas relativas ao primeiro trimestre de 2008 e nelas se indica que 61 por cento dos lucros operacionais são já resultantes das operações online.
Em 2007 esse valor era de 51 por cento e a empresa estimava atingir os 60 por cento este ano – foi superado em três meses.
Num estudo conjunto da NAA e da ASNE, divulgado no fim do ano passado – “Schibstead Media: A Model for Global Innovation” – alguém diz a dado passo:

“Many of the newspaper operations in the U.S. spent their time and energy trying to preserve print at all costs, and online was just a throw-in. Schibsted has focused on both but decided very early that if print was going to be cannibalized, Schibsted would be the cannibal. (…) Now, online advertising has become critical, and in many cases, print is the upsell from online rather than the other way around.”

[informação recolhida no Journalism.co.uk]

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Sinais

Olhares cruzados em tempos de absoluta incerteza…

American Media – On the Brink“, The Economist

Newspapers – a minus-sum game“, BuzzMachine

Apresentação (video) de Clay Shirky na Web2.0 Expo 2008 [daqui]
Excertos:
1. “For a four year old a screen that ships without a mouse is…broken
2. “Media that is targeted for you but does not include you may not be worth sitting still for

The ‘well-hole looking up’ problem“, Common Sense Journalism
Excerto:
“(…) what if the “public,” whoever that is, wasn’t quite as excited about all this technological change and brave new world stuff as we are?

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