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Archive for Março, 2009

O pedido de uma colega de trabalho para que lhe fixasse três imagens das homepages de três órgãos de informação nacional e, sobretudo, a reacção que tive depois de as ver levou-me a pensar nesta pergunta – “quem nos dá o ‘lençol’ maior na sua página de apresentação na web?

A imagem (que pode ser vista em tamanho maior aqui) é bem clara. [As imagens foram todas captadas com o Screengrab e foram todas redimensionadas para a mesma largura – 500 pixels – antes de criar o quadro comparativo].
Os últimos são mesmo os primeiros… contrariando a tendência do momento (de maior sobriedade, notória, por exemplo, aqui) o Diário de Notícias bate todos os outros por uma margem substancial…eu diria que quase tem um ecrã a mais do que o Expresso (2º, nesta curiosa ordenação).
A mais pequena é a da Rádio Renascença, seguida pela TVI, RTP e SIC.
Uma outra curiosidade – parece consensualizada em Portugal a noção de que os conteúdos devem aparecer ordenados fundamentalmente em três colunas.

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Trata-se de um video promocional de uma empresa que vende automóveis, a Honda.
Parte de uma ideia boa – a ideia de que a falha deve ser promovida enquanto parcela integral de um processo de crescimento.
Haverá riscos mas há também oportunidades.
Parece-me um caminho difícil (e, naturalmente, cheio de dissabores) mas creio que, para um negócio como o dos media, poucas alternativas restarão. ‘Esperar que isto passe’ nunca foi uma proposta viável.

Vodpod videos no longer available.

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O projecto do novo diário português, o ‘i‘, tem já um site teaser em torno de uma frase chave – num instante tudo muda.
É possível ouvir respostas de cidadãos comuns e é possível dar – por video ou texto – as nossas próprias respostas a perguntas sobre a economia, sobre a política, sobre a vida. Exemplos: “E se amanhã não houver dinheiro para pagar a sua reforma?“, “E se, de repente, não houvesse mais petróleo?“, “Imagine-se com 80 anos de idade. Quem está ao seu lado?“.
Não há qualquer informação sobre o projecto ou sobre datas de lançamento. Não há sinais de números zero.
É pena (embora se perceba).
Parece-me, apesar disso, promissor.
20090331_i_launch
[Sugestão recolhida n’O Lago]

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A propósito da história do capuchinho vermelho que aqui apresentei há dias o Nelson Zagalo fez um comentário pertinente; disse que aquilo que eu apresentava como infografia animada seria, para ele, antes um exemplo de ‘motion graphics’, uma vez que “não existe pretensão em comunicar o que quer que seja com a informação gráfica adicional mas apenas gerar significância e redundância num sentido meramente estético“.
Terá razão o Nelson. A informação infográfica surgia, de facto, naquele trabalho, como artefacto estético.
Já reposto e um pedacinho mais sábio – para alguma coisa haviam de servir os blogs! – deixo aqui mais um trabalho do género…um daquele que vai direitinho para a lista ‘quando for grande quero saber fazer disto’.

A crise do crédito…

Vodpod videos no longer available.

more about “The Crisis of Credit Visualized“, posted with vodpod

[Encontrei a sugestão aqui]

PS: Acrescento a sugestão que aqui deixou o João Bordalo (a quem agradeço) – 27 Visualizations and Infographics to Understand the Financial Crisis

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Mark S. Luckie publicou há dias uma listagem de sites com indicações de auto-aprendizagem para domínimo básico de competências multimédia.

Um listagem útil sobretudo porque agrega.
Agregando, acrescenta sentido (ora aí está uma lição).

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O Financial Times anunciou há dias – num texto que pode ser descarregado num site de partilha de documentos (em si, uma interessante nota) – a sua intenção de reorganizar por completo a lógica de funcionamento da empresa no sentido da criação de um fluxo permanente de informação pronto para a web.
O novo plano prevê três etapas de produção – a criação, a elaboração e o acabamento – e todos os trabalhos serão criados, reforçados e terminados na plataforma CMS do jornal, a Methode.
Pede-se aos jornalistas que adoptem uma atitude de ‘acertar à primeira’ no que produzem porque, naturalmente, o FT ganhará celeridade mas perderá algumas das estruturas de intermediação interna tão típicas do jornal-papel.
Cria-se uma nova função na redacção – o integrador de notícias – que, imagino, poderá vir a tornar-se comum (mesmo que com outro nome) noutras empresas.

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O Público anunciou medidas para recentrar a sua actividade na produção de conteúdos para várias plataformas. “A internet é o futuro”, terá dito José Manuel Fernandes à Meios & Publicidade, por altura do anuncio de que ele próprio assume agora também a direcção do Público online numa nova estrutura editorial integrada – Paulo Ferreira será responsável pela versão papel de segunda a quinta, Manuel Cravalho terá essa função de sexta domingo e Bárbara Reis assume a gestão editorial dos suplementos Y, Fugas, Pública e P2.
Esta reorganização alarga-se à redacção que passará a funcionar numa lógica mais distante dos ritmos de publicação do papel; com mais turnos e com a primeira reunião editorial a acontecer às 8h00.
São medidas que, na generalidade, me parecem apropriadas ao produto e ao espaço que ocupa.

[Encontrei a informação no Indústrias Culturais]

PS: Mais detalhes do plano aqui.

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O blogger analógico

A história de Alfred Sirleaf (contada pela primeira vez em 2006 pelo NYTimes) é uma história curiosa sobre o espírito empreendedor de um homem mas é também um exemplo que, em tempos de tanto ruído e de tantas soluções miraculosas, importa reter.
Alfred é o responsável pelo espaço Daily News, uma espécie de quiosque informativo analógico às portas de Monróvia, na Libéria. Em quadros pretos e a giz Alfred vai apresentando as novidades do momento; as que interessam à sua audiência.
20090324_liberiasanalogblogger

O exemplo está na essência do que faz – presta um serviço útil à comunidade.
E, como disse, isso continua a ser válido para toda a actividade informativa, independentemente do suporte que use.

O que Alfred faz bem não tem a ver com a tecnologia que usa.
E essa é a lição que nos ensina.

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Uma excelente infografia animada de Tomas Nilsson.
A história do Capuchinho Vermelho…contada de forma original.

Vodpod videos no longer available.

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John Nichols e Robert W. McChesney – que devem lançar ainda este ano o livro “Saving Journalism: The Soul of Democracy” – publicaram, na edição de Abril do The Nation (já disponível online desde o final da semana passada), um texto sobre a  morte e vida do grande jornal norte-americano (assim mesmo, ao contrário do comum, porque a sua proposta é a de um investimento público numa actividade que nos apresentam como sendo de serviço público).
Excertos:

Let’s begin with the crisis. In a nutshell, media corporations, after running journalism into the ground, have determined that news gathering and reporting are not profit-making propositions. So they’re jumping ship.

The place to begin crafting solutions is with the understanding that the economic downturn did not cause the crisis in journalism; nor did the Internet. The economic collapse and Internet have greatly accentuated and accelerated a process that can be traced back to the 1970s, when corporate ownership and consolidation of newspapers took off. It was then that managers began to balance their books and to satisfy the demand from investors for ever-increasing returns by cutting journalists and shutting news bureaus.

We begin with the notion that journalism is a public good, that it has broad social benefits far beyond that between buyer and seller. Like all public goods, we need the resources to get it produced. This is the role of the state and public policy. It will require a subsidy and should be regarded as similar to the education system or the military in that regard. Only a nihilist would consider it sufficient to rely on profit-seeking commercial interests or philanthropy to educate our youth or defend the nation from attack. With the collapse of the commercial news system, the same logic applies. Just as there came a moment when policy-makers recognized the necessity of investing tax dollars to create a public education system to teach our children, so a moment has arrived at which we must recognize the need to invest tax dollars to create and maintain news gathering, reporting and writing with the purpose of informing all our citizens.

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Newspaper Racks
Foto: AP/ Noah Berger (sugestão de Alfred Hermida, encontrada aqui).

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É um texto em tom claramente provocador mas muito bem escrito.
Mark Morford fala-nos da forma como os que dizem navegar a crista da onda tecnológica há mais de não sei quantos anos apostam tudo – com descrições mais ou menos apocalípticas – no fim dos media tradicionais.
Excertos:

When the professional news filters vanish, when you lose that vigorous center of storytelling expertise, you don’t necessarily get a rich ‘n’ wonderful mix of new choices. You get chaos. You get noise. Sure, it might be a boatload of fun to read, but it’s also maddening as hell. You know those cute Internet “chain books,” where each person contributes a sentence and passes it on until some random, haphazard story is told? Great fun. For about a page. Then it gets a bit nauseating, then infuriating, then you begin praying for a single vision, a hint of cohesion, a reliable narrator to show you around the goddamn madhouse.
(…)
Look, I’m all for media upheaval and revolution. I’m all for seeing what will emerge from the ashes of print, should it die out completely. But there’s a reason the traditional newsroom model has lasted 150 years, that professional journalism is still considered so vital to a healthy democracy, that it’s still a profession requiring years of training and education, and not just a casual hobby you engage in when you’re a little drunk and you’ve read a few McLuhan books and you don’t get enough sex so hey, might as well mosey over to that Planning Commission meeting and scribble some notes.

[Sugestão recolhida num Twitt de Mark Hamilton]

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São 11h23 da manhã e um diligente trabalhador vai para o seu emprego ( mesmo a tempo, presume-se,  de pousar o casaco e sair para um almoço de negócios) quando é informado por ‘uma voz amiga’ de que não vai conseguir – tem pela frente um engarrafamento provocado por uma manifestação que a tal da voz conselheira lhe diz ter sido organizada…ora essa!…contra ele, está bem de ver!
É assim o mais recente anúncio da Antena 1, canal de pendor informativo do operador de serviço público.

(Act.) Escreve o Público que o anúncio levou já o PSD a pedir a demisão da Direcção da Antena 1, o PCP a pedir a retirada imediata do anúncio e a CGTP a anunciar que tenciona apresentar uma queixa formal da CGTP ao Conselho de Opinião da RTP.

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20090319_dn_edicaoespecialambientenetO Diário de Notícias tornou-se hoje no mais recente órgão de comunicação do grupo Controlinveste a renovar a sua presença na web (depois de TSF e JN já o terem feito no ano passado).
Para assinalar a ocasião o DN-papel saiu até para as ruas com modificações no seu design gráfico.

Notas de observação:

1. O novo site está a anos-luz do anterior. Isto, em si, não é dizer muito, uma vez que o site anterior do DN vivia ainda mergulhado nos anos 90 mas, ainda assim, a melhoria é de assinalar.

2. O design é sóbrio, a escolha de menus horizontais – a mais comum nos dias que correm – não oferece reparos e a opção pela codificação dos temas com cores – também uma prática generalizada – parece-me a mais adequada.

3. Gosto da repetição dos menus no fim da página (uma necessidade em páginas com mais do que ‘2 ecrãs’) e gosto da uniformidade da linguagem gráfica se alargar às áreas temáticas e também às áreas não jornalísticas do site.

4. Gosto da aposta num carácter visual autónomo para cada uma das áreas e gosto ainda que isso se alargue à forma como os conteúdos específicos se organizam na página de entrada (por exemplo, no Desporto, as classificações aparecem em lugar de destaque mas no Globo isso já dá lugar a uma organização de temas secundários através de uma zona chamada ‘Mapa’ e na Economia a um espaço de maior destaque para a opinião).

20090318_novodn_0_home_w

5. Não percebo a lógica de selecção dos assuntos que integram os dois menus. Não há uma clara distinção de níveis, como sucede noutros meios que optam pelo menu duplo. Poderiamos ter, por exemplo, um menu para as funcionalidades e para os espaços ‘extra’ e um outro para os espaços mais próximos da segmentação tradicional dos temas no jornalismo. O que temos é uma amálgama impossível de perceber (pelo menos de forma intuitiva, imediata…a única aceitável em espaços de informação). Temos o Desporto separado do resto do conteúdo informativo e temos temas aparentemente da mesma área nos dois menus (Bolsa e Economia, Gente e Pessoas). Será, de todos, o problema mais grave, porque emerge da própria concepção do site.

6. Não gosto da lentidão no acesso (poderá ter sido causada pela curiosidade da primeia manhã) e não gosto do facto de que, no meu browser (Firefox), as janelas de video e as fotogalerias não aparecem correctamente enquadradas. Não gosto ainda que ao aceder às Galerias a primeira arranque automaticamente (muito pouco ‘user in control‘…esta coisada).

7. Não gostei nada de ter esperado até depois das 11h00 para ver na Home uma informação que não fosse da noite anterior (se excluirmos o tab das ‘últimas’ que será, certamente, alimentado de forma automática por feed de agência). Ou seja, durante quase toda a manhã o site do DN teve uma primeira estática, em claro contraste com os sites de Público e JN, por exemplo (aliás, só por volta das 13h00 é que começamos realmente a perceber alguma vitalidade). Disseram-no que os tempos da primeira estática do DN já lá vão. O que se viu hoje…é que ainda não foram.

8. (imagino que a origem seja a mesma que possibilitou o que foi dito em 5.) Durante toda a manhã foi possível ver na página de abertura uma notícia sobre a morte da actriz britânica Natascha Richardson e na página Pessoas, em lugar de destaque, uma notícia sobre a sua hospitalização. Podemos sempre dizer que se trata de um erro aceitável tendo em conta a mudança em curso mas podemos, de igual forma, dizer que a prática do ‘trabalho para o boneco’ durante algum tempo serve precisamente para evitar que isto aconteça à vista dos leitores (e escrevo isto não sabendo se, no caso do DN, houve esse tempo de trabalho ‘em off’).

9. Nos tempos que correm relegar um espaço de ‘Jornalismo do Cidadão’ para o canto inferior direito da Home é, no mínimo, discutível. Se preferirmos, outro ponto de acesso existe através de um sub-menu da área Opinião (em si, já um sub-menu da Home); ou seja, é quase preciso tirar um curso primeiro…
Se o DN quer apostar nesta vertente – e acharia muito bem que o fizesse – não pode relegá-la para posição de acesso tão miserável. Se não quer – e isso também é defensável  – talvez fosse melhor assumir. O tempo para ‘o cantinho do’ já acabou.

Notas finais:

a. É estranho que a notícia do DN sobre a remodelação do site do DN seja da Lusa.

b. A primeira cacha do site (divulgada, como se disse, depois das 11h00) é uma daquelas notícias “soube o DN” (infelicidade ou sinal de que a adaptação ao jornalismo mais próximo dos cidadãos é ainda um objectivo distante?)

(Uma outra leitura, aqui).

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